ostra.

é como a história da princesa e a ervilha:
se aos sete colchões ainda sentissem o incomodo, era porque era a princesa.

e essa sou eu, psicólogo, livros, remédios, vídeos de auto ajuda, amigos que me fazem sentir que valho a pena.
esses são meus colchões, mas ainda sinto a ervilha na coluna, ainda me reviro na cama, ainda sinto a dor, perco o sono, tento outra cama, mas é como se ela seguisse.

e através dos incômodos, das noites mal dormidas, percebo que no fundo essa ervilha se torna cada vez mais brilhante, e essa busca incansável de ser eu, de conhecer a menina que deixou os sonhos pra trás, de reconhecer o meu reinado, faz escorrer o nácar e transformar essa sujeira, essa ervilha tão pequena, na descoberta mais valiosa da minha existência::: o encontro de mim.

e garanto, será a mais pura e mais a linda das pérolas.

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